Educação ambiental e sustentabilidade: projetos escolares e o Prêmio Escolas Sustentáveis
A preocupação com o futuro do planeta nunca esteve tão presente nas discussões sociais, políticas e educacionais como nos dias atuais. Em meio a desafios ambientais globais, como as mudanças[...]

A preocupação com o futuro do planeta nunca esteve tão presente nas discussões sociais, políticas e educacionais como nos dias atuais.
Em meio a desafios ambientais globais, como as mudanças climáticas, a poluição e o uso excessivo de recursos naturais, a escola se torna um espaço estratégico para formar cidadãos conscientes e comprometidos com a construção de um mundo mais sustentável.
É nesse contexto que a educação ambiental e a sustentabilidade ganham protagonismo no currículo escolar. Ensinar os alunos a respeitarem o meio ambiente e a compreenderem seu papel na preservação dos recursos naturais é mais do que uma tendência: é uma necessidade.
Quando trabalhadas desde a infância, essas temáticas ampliam o repertório dos estudantes e estimulam práticas concretas, que geram impacto positivo na comunidade e no planeta. A seguir exploraremos mais o assunto, além de apresentar o Prêmio Escolas Sustentáveis e sua importância para o tema. Confira!
O que é educação ambiental e sustentabilidade?
Educação ambiental e sustentabilidade são conceitos interligados que buscam promover uma mudança de mentalidade e comportamento em relação ao meio ambiente.
A educação ambiental é um processo contínuo que visa a desenvolver a consciência crítica dos alunos sobre problemas ecológicos e sociais, estimulando atitudes responsáveis em relação à natureza e à coletividade.
Já a sustentabilidade está relacionada à capacidade de atender às necessidades do presente sem comprometer a sobrevivência das futuras gerações, equilibrando aspectos ambientais, sociais e econômicos.
No contexto escolar, a educação ambiental e a sustentabilidade não se restringem a conteúdos teóricos. Elas envolvem práticas cotidianas, debates, ações concretas e projetos que incentivam os estudantes a refletirem sobre suas escolhas e a buscarem soluções criativas para os desafios ambientais.
O objetivo é formar indivíduos que compreendam a importância da preservação dos recursos naturais, do consumo consciente e do respeito à diversidade — promovendo, assim, uma cultura de cuidado e responsabilidade socioambiental dentro e fora da escola.
Objetivos da educação ambiental
A educação ambiental tem o objetivo de desenvolver a compreensão dos problemas ambientais locais e globais; incentivar a participação ativa na busca por soluções; promover valores como cooperação, solidariedade e respeito à diversidade; e integrar a sustentabilidade ao currículo escolar de forma transversal.
No Ensino Fundamental e na Educação Infantil, isso se traduz em vivências práticas que ajudam os alunos a enxergar seu papel como agentes transformadores da realidade. Ao trabalhar esses objetivos desde cedo, a escola colabora diretamente para a formação de uma geração mais consciente, resiliente e engajada com o planeta.
Portanto, o intuito da educação ambiental vai muito além do ensino sobre ecossistemas ou reciclagem. Essa abordagem pedagógica busca formar cidadãos conscientes, éticos e participativos, que compreendam a interdependência entre seres humanos e natureza.
Na prática, sua missão é despertar o senso de responsabilidade, estimular o pensamento crítico e promover atitudes que contribuam para um futuro mais justo, equilibrado e saudável.
Leia mais: Responsabilidade Ambiental – Proteger para conservar!.
Como trabalhar a educação ambiental e a sustentabilidade nas atividades escolares?
Integrar educação ambiental e sustentabilidade nas atividades escolares é um caminho essencial para tornar o aprendizado mais significativo e conectado com os desafios do mundo real.
Para isso, é importante que a escola desenvolva práticas interdisciplinares, aproximando disciplinas como Ciênciaa, Geografia, Matemática e Arte das questões ambientais de maneira concreta e acessível.
No Ensino Fundamental, por exemplo, é possível propor projetos de hortas escolares, oficinas de reutilização de materiais, campanhas de conscientização sobre o uso da água e atividades de compostagem.
Já na Educação Infantil, experiências como cuidar de uma plantinha ou participar de brincadeiras temáticas ajudam a construir os primeiros vínculos afetivos com a natureza. Essas práticas também fortalecem valores como empatia, cuidado e cooperação.
Além disso, incluir os alunos no planejamento e na execução dessas atividades é uma forma eficaz de estimular o protagonismo e o engajamento. Quando os estudantes percebem que suas ações têm impacto real no ambiente escolar e na comunidade, o processo educativo se transforma em uma experiência poderosa de cidadania e responsabilidade.
Exemplos de projetos escolares sobre reciclagem, conservação da água e redução de resíduos
Um ótimo exemplo é a criação de ecopontos dentro da escola, onde os estudantes são incentivados a descartar corretamente papel, plástico, metal e vidro. A coleta seletiva vira parte da rotina, acompanhada de campanhas de conscientização criadas pelos próprios alunos.
Além de promover a reciclagem, esse tipo de projeto ajuda a desenvolver o senso de responsabilidade e o engajamento coletivo.
Outro projeto bastante eficaz envolve a instalação de cisternas para captar a água da chuva. Com o acompanhamento dos professores de Ciências, os alunos aprendem sobre o ciclo da água, a economia de recursos hídricos e a importância da preservação.
Essa prática, além de didática, garante benefícios diretos para a escola, como a irrigação de hortas ou limpeza de espaços externos sem desperdício.
Prêmio Escolas Sustentáveis: uma iniciativa da Santillana, OEI e Fundação Santillana
Entre as iniciativas mais inspiradoras voltadas à promoção da educação ambiental e da sustentabilidade no ambiente escolar, o Prêmio Escolas Sustentáveis se destaca como uma referência internacional.
Criado por um esforço conjunto da Santillana Educação, da Organização de Estados Ibero-americanos (OEI) e da Fundação Santillana, o prêmio visa a reconhecer, incentivar e dar visibilidade a projetos socioambientais criativos e transformadores desenvolvidos por escolas públicas e privadas no Brasil, México e Colômbia.
A proposta é simples, mas poderosa: valorizar experiências pedagógicas que integrem a sustentabilidade ao currículo escolar de forma ativa, contextualizada e inovadora.
O prêmio entende que educar para a sustentabilidade é um compromisso coletivo que envolve toda a comunidade escolar — gestores, professores, alunos e famílias.
Na prática, o prêmio funciona como uma plataforma de reconhecimento e compartilhamento de boas práticas. Ele oferece às escolas uma oportunidade de mostrar o impacto positivo de seus projetos e, ao mesmo tempo, inspirar outras instituições a trilharem o mesmo caminho.
Além de funcionar como uma importante plataforma de compartilhamento de boas práticas, o Prêmio Escolas Sustentáveis oferece uma premiação em dinheiro para as escolas vencedoras. Na etapa nacional, o valor atualizado do prêmio é de R$17.500.
Já na etapa internacional, as escolas ganhadoras recebem R$29.000. Esses recursos podem ser aplicados na ampliação ou continuidade dos projetos, fortalecendo ainda mais a atuação socioambiental das instituições de ensino.
No site Prêmio Escolas Sustentáveis você encontra todas as informações sobre como participar, além de conferir experiências premiadas que podem servir de referência para outras escolas.
Categorias de participação e critérios de avaliação do prêmio
A premiação se organiza em duas categorias principais: Educação Infantil e Ensino Fundamental Anos Iniciais, e Ensino Fundamental Anos Finais, Ensino Médio e EJA.
Essa divisão permite que os projetos sejam avaliados dentro de seu contexto pedagógico específico, valorizando tanto iniciativas voltadas aos primeiros anos escolares quanto aquelas desenvolvidas com adolescentes e jovens adultos.
Para garantir justiça e excelência na escolha dos vencedores, a comissão organizadora adota critérios bem definidos. Um dos principais eixos avaliativos é o alinhamento das ações com as diretrizes ESG (Environmental, Social and Governance), que se referem à sustentabilidade ambiental, responsabilidade social e práticas de governança.
Esses princípios, cada vez mais valorizados em contextos educacionais e corporativos, ajudam a medir a relevância e o impacto dos projetos apresentados.
Além do alinhamento com ESG, outros critérios de destaque incluem inovação pedagógica, envolvimento da comunidade escolar, potencial de replicabilidade, impacto positivo no meio ambiente e na formação dos estudantes e interdisciplinaridade.
Projetos que demonstram conexão com as práticas do dia a dia da escola e promovem mudanças reais no comportamento dos alunos e da comunidade ganham relevância durante a avaliação.
Vale destacar também a importância da criatividade e da originalidade. Muitas vezes, soluções simples e bem executadas causam transformações significativas, como hortas comunitárias, projetos de compostagem, campanhas de economia de água ou ações para reutilização de materiais escolares.
Edições de 2023 e 2024: destaques e números
As edições de 2023 e 2024 do Prêmio Escolas Sustentáveis marcaram um avanço significativo na consolidação da educação ambiental e da sustentabilidade como temas estruturantes nas escolas da América Latina.
O prêmio envolveu instituições públicas e privadas do Brasil, México e Colômbia, que demonstraram protagonismo e criatividade ao transformar suas comunidades por meio da sustentabilidade.
Em 2023, mais de 1.300 projetos foram inscritos. Um dos destaques foi um projeto desenvolvido por uma escola pública no interior de Pernambuco, que criou um sistema de reaproveitamento da água da chuva para uso em hortas escolares.
Além de promover a economia de recursos hídricos, o projeto envolveu estudantes na construção do sistema, integrando conteúdos de Ciências, Matemática e Educação Ambiental. A horta foi utilizada tanto na merenda quanto como ferramenta pedagógica para o estudo de ciclos naturais, compostagem e alimentação saudável.
Já em 2024, a participação contou com mais de 1.000 projetos inscritos e uma diversidade ainda maior de propostas. Uma escola rural da Colômbia venceu a categoria de Ensino Médio com um projeto de preservação da biodiversidade local.
Os estudantes mapearam espécies da flora e fauna ameaçadas, criaram viveiros para plantas nativas e desenvolveram atividades de educação ambiental com outras escolas da região. O projeto também resultou em um documentário produzido pelos próprios alunos, demonstrando o poder da comunicação e da linguagem audiovisual como ferramenta pedagógica e de mobilização.
Esses resultados reforçam a potência do prêmio como ferramenta pedagógica e como incentivo à inovação. Os dados mostram que as escolas estão não apenas cientes da importância da educação ambiental e sustentabilidade, mas também comprometidas em colocá-las em prática de forma integrada, significativa e com impacto real.
O papel da Santillana, OEI e Fundação Santillana na promoção da educação sustentável

A união de esforços entre Santillana Educação, OEI e Fundação Santillana tem sido decisiva para ampliar o alcance e a profundidade da educação ambiental e da sustentabilidade nas escolas.
Essas instituições desempenham um papel central na valorização de práticas educacionais alinhadas aos princípios da sustentabilidade, com impacto direto nas salas de aula e nas comunidades escolares de toda a América Latina.
A Santillana, reconhecida por seu compromisso com a transformação da educação, investe continuamente em soluções pedagógicas que estimulam a consciência ecológica, o protagonismo estudantil e o pensamento crítico desde os primeiros anos de vida.
Ao apoiar e divulgar projetos como o Prêmio Escolas Sustentáveis, a empresa cria pontes entre escolas públicas e privadas, ampliando o diálogo sobre meio ambiente e educação com foco em ações concretas.
A OEI, por sua vez, reforça esse compromisso em escala internacional, conectando políticas públicas, pesquisas acadêmicas e experiências escolares inovadoras. Sua atuação fortalece a integração entre países e promove o intercâmbio de boas práticas em educação ambiental e sustentabilidade, contribuindo para a formação de educadores mais preparados para lidar com os desafios contemporâneos.
Já a Fundação Santillana entra como um braço estratégico, com foco em inovação e impacto social. Ela organiza publicações, estudos e encontros educativos que estimulam reflexões sobre sustentabilidade, inclusão e equidade.
Seu envolvimento na curadoria e na disseminação do catálogo de iniciativas inspiradoras, por exemplo, garante que os projetos premiados se tornem referência para outras instituições em busca de caminhos sustentáveis.
Juntas, essas três instituições impulsionam uma agenda educacional comprometida com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente no que diz respeito à qualidade da educação (ODS 4), à ação climática (ODS 13) e à construção de comunidades mais resilientes (ODS 11).
O resultado dessa parceria é uma rede escolar mais fortalecida, criativa e capaz de promover mudanças reais por meio da educação ambiental e da sustentabilidade.
Dicas para implementar projetos de educação ambiental e sustentabilidade na escola
A implementação desses projetos nas escolas exige planejamento e o envolvimento de toda a comunidade escolar. Criar uma cultura que valorize a sustentabilidade como princípio é o primeiro passo para gerar mudanças significativas. Isso inclui professores, alunos, famílias e o entorno da escola atuando juntos em prol de um objetivo comum.
A escolha dos temas deve considerar o contexto local da escola, como reciclagem em áreas urbanas ou conservação da água em regiões rurais. Quanto mais próximo da realidade dos estudantes, maior será o engajamento.
Essa abordagem fortalece o senso de pertencimento, estimula a empatia e desperta o olhar crítico para os desafios ambientais da própria comunidade.
Metodologias ativas como a Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP) ajudam a desenvolver competências essenciais, como pensamento crítico e trabalho em equipe.
Iniciativas simples, como hortas, oficinas de reutilização e campanhas de conscientização, tornam o aprendizado mais prático e significativo, contribuindo para a formação integral dos alunos.
Integrar a sustentabilidade ao currículo é fundamental para que ela não seja vista como algo pontual. Todas as disciplinas podem abordar o tema de maneira criativa e interdisciplinar.
Documentar os resultados e participar de iniciativas como o Prêmio Escolas Sustentáveis fortalece o compromisso da escola com a transformação ecológica e inspira outras instituições a seguirem o mesmo caminho.
Conclusão
A promoção da educação ambiental e da sustentabilidade nas escolas é uma das formas mais poderosas de transformar realidades e formar cidadãos conscientes, empáticos e protagonistas de um futuro mais justo e equilibrado. Desde os primeiros anos da infância até o Ensino Médio, cada etapa educacional pode contribuir para o despertar da consciência ecológica e da responsabilidade coletiva diante dos desafios socioambientais do século.
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