Linguagem informal e formal: como aplicar corretamente em vestibulares e redações
A comunicação é uma habilidade indispensável no desenvolvimento acadêmico, profissional e pessoal dos alunos. No universo dos vestibulares, compreender as diferenças entre linguagem informal e formal faz toda a diferença[...]
Práticas Pedagógicas
22/07/2025
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A comunicação é uma habilidade indispensável no desenvolvimento acadêmico, profissional e pessoal dos alunos. No universo dos vestibulares, compreender as diferenças entre linguagem informal e formal faz toda a diferença no desempenho, especialmente na redação e nas questões discursivas.
Saber como, quando e por que utilizar cada tipo de linguagem é uma competência que precisa ser desenvolvida ao longo do processo educacional.
Neste artigo, vamos explorar de forma clara e prática como aplicar a linguagem correta nas provas, evitando erros comuns e garantindo uma escrita coerente, coesa e adequada às exigências das bancas avaliadoras. Confira mais a seguir!
O que é linguagem informal?
A linguagem informal é aquela utilizada no cotidiano, nas conversas com amigos, familiares e pessoas com quem temos intimidade. Ela é marcada pela espontaneidade, pela ausência de preocupação com normas gramaticais rígidas e pelo uso de expressões coloquiais, gírias, regionalismos, abreviações e até construções mais livres.
Esse tipo de linguagem é fundamental para a convivência social, pois cria vínculos, aproxima as pessoas e torna as interações mais naturais e descontraídas. Porém, é importante compreender que seu uso não é adequado em contextos formais, como vestibulares, redações e entrevistas de emprego.
A linguagem formal, por sua vez, segue rigorosamente as regras gramaticais, prioriza a clareza, a objetividade e a precisão. Ela é utilizada em situações que exigem seriedade, impessoalidade e profissionalismo, como apresentações acadêmicas, textos jornalísticos, redações de vestibular, textos científicos, documentos oficiais e entrevistas.
Em uma redação de vestibular, por exemplo, é esperado que o candidato utilize expressões como “Portanto, é possível observar que…” ao invés de “Então dá pra ver que…”. A linguagem formal não abre espaço para gírias, abreviações ou marcas de oralidade. É ela que demonstra domínio da norma padrão e maturidade comunicativa.
Diferença entre linguagem formal e informal em contextos reais
Saber a diferença entre linguagem formal e informal é essencial, principalmente quando se pensa nos vestibulares e exames oficiais. Imagine um aluno escrevendo uma redação com a frase “A galera tá preocupada com a parada do aquecimento global”.
Esse é um exemplo evidente de um texto com linguagem informal, que compromete completamente a credibilidade do texto na banca. Uma versão formal e mais adequada seria “A sociedade tem se mostrado preocupada com os impactos do aquecimento global”.
Percebe-se que, além de escolher palavras mais apropriadas, a construção da frase também precisa ser mais estruturada, clara e objetiva. Esse domínio dos registros linguísticos permite que os alunos transitem entre diferentes situações comunicativas com segurança.
Quais linguagens são informais e por que evitá-las em avaliações?
As linguagens informais são compostas por gírias, abreviações, expressões populares, regionalismos e estruturas que reproduzem a fala, como “tipo assim”, “né?”, “mano”, “aí, galera”. O uso desses elementos é natural na oralidade e em interações informais, mas deve ser totalmente evitado em contextos formais como vestibulares.
Isso acontece porque o uso da linguagem informal em uma redação compromete critérios fundamentais, como adequação à proposta, coesão, coerência, domínio gramatical e repertório sociocultural. A presença de erros desse tipo pode fazer com que o candidato perca pontos importantes, colocando em risco seu desempenho na prova.
Qual é a linguagem formal? Como aprimorar sua escrita?
A linguagem formal é aquela que adota a norma padrão da língua portuguesa, utiliza vocabulário preciso, evita ambiguidades, garante clareza e respeita as normas de concordância, regência, pontuação e ortografia.
Para aprimorar sua escrita, o estudante deve investir na leitura de textos bem escritos, como artigos acadêmicos, editoriais, livros de não ficção e reportagens. Além disso, a prática constante de redações, acompanhada de uma boa orientação por parte dos professores, é essencial. Isso permite que o aluno amplie seu vocabulário e internalize as estruturas próprias da linguagem formal.
Como ensinar a linguagem formal sem perder a naturalidade da escrita?
Um dos grandes desafios dos educadores é ensinar a linguagem formal sem fazer com que a escrita dos alunos se torne engessada, artificial ou mecânica. O caminho está em mostrar aos estudantes que escrever bem não significa escrever de forma complicada, e sim de maneira clara, objetiva e organizada.
Propor exercícios comparativos, em que os alunos reescrevem um texto informal em linguagem formal, é uma estratégia muito eficaz. Da mesma forma, debater notícias, artigos e editoriais em sala contribui para que eles percebam como a norma culta pode ser utilizada de forma natural e fluida.
Atividades em sala para diferenciar registros formais e informais
Uma abordagem prática que funciona muito bem em sala de aula é solicitar aos alunos que escrevam dois textos sobre o mesmo tema. No primeiro, eles devem simular uma conversa com um amigo, utilizando palavras de linguagem informal e, no segundo, elaborar uma redação nos moldes do vestibular, com linguagem formal.
Essa atividade ajuda a perceber na prática as diferenças de vocabulário, estrutura e tom. Além disso, simulações de situações, como responder a um e-mail profissional e depois a uma mensagem de WhatsApp, também ajudam os estudantes a entenderem como transitar entre os registros.
Ampliação de vocabulário como aliado da linguagem formal
Ter um vocabulário rico e variado é um dos maiores aliados na construção de um texto formal de qualidade. Muitos erros ocorrem simplesmente porque o aluno não conhece alternativas para expressões coloquiais. Substituir “coisa” por “aspecto”, “negócio” por “atividade”, “dá pra ver” por “é possível observar” são exemplos de como pequenas mudanças fazem uma grande diferença. Práticas constantes de leitura, além de exercícios de sinônimos, antônimos e análise de textos formais, são fundamentais para essa ampliação.
Dessa forma, o aluno se sente mais preparado para construir um texto adequado e bem estruturado.
Linguagem formal em vestibulares: o que as bancas avaliam?
Nas redações de vestibulares, as bancas avaliam critérios como domínio da norma padrão, organização textual, desenvolvimento de argumentos, coerência, coesão e clareza. O uso adequado da linguagem formal é decisivo nesse processo. Isso significa que gírias, abreviações, marcas de oralidade e estruturas informais são penalizadas.
Além disso, a banca também observa se o candidato consegue articular bem suas ideias, utilizando conectivos adequados, evitando repetições desnecessárias e construindo períodos bem elaborados.
Erros frequentes causados pela linguagem informal nas provas
Os erros mais comuns cometidos pelos alunos estão relacionados ao uso de expressões coloquiais, abreviações típicas da internet, como “vc” no lugar de “você”, ou ainda gírias como “top”, “massa”, “rolê”, entre outras.
Outro erro frequente é iniciar frases com interjeições ou marcas da oralidade, como “Então…”, “Tipo…”, que comprometem diretamente a formalidade do texto. Esses deslizes, além de afertar a nota na competência que avalia a norma padrão, prejudicam a coerência e a progressão textual.
Como estimular a autoconfiança dos alunos na escrita formal?
Muitos estudantes sentem insegurança quando precisam produzir textos formais. Isso acontece porque a linguagem informal faz parte da rotina deles, enquanto a formal nem sempre é praticada com frequência.
Para reverter esse quadro, os professores precisam criar um ambiente de aprendizagem seguro, onde o erro seja visto como parte do processo, e não como fracasso. Trabalhar com feedbacks construtivos, práticas constantes de escrita e atividades interativas são hábitos que ajudam a fortalecer a confiança dos alunos.
Mostrar textos bem escritos produzidos por colegas também pode ser uma excelente fonte de inspiração e motivação.
Conclusão
Dominar a diferença entre linguagem informal e formal não é apenas uma exigência dos vestibulares, mas uma competência essencial para a vida acadêmica, profissional e pessoal. A habilidade de se comunicar de forma adequada em diferentes contextos abre portas e amplia as possibilidades dos estudantes.
Quando os alunos entendem que a linguagem formal não é algo distante ou inacessível, mas uma ferramenta poderosa de expressão, eles se sentem mais preparados para enfrentar qualquer desafio, incluindo as tão temidas redações dos vestibulares.